segunda-feira, 25 de outubro de 2010

SOS DO KURUPIRA - ATENÇÃO PESSOAL - MATA ATLÂNTICA


É isto ai gente amiga. SOS! Ma-mãe natureza clamando por todos nós no dia 26 de Outubro aqui em São Paulo. Quem vai atender o pedido dela???

Em jogo, as últimas áreas remanescentes do Litoral Paulista que estão preservadas desde muito antes de 1500 D.C.

São as RESTINGAS FLORESTAIS DE BERTIOGA

Após a Audiencia Pública, realizada em Bertioga, onde a grande maioria da população gritou alto e em bom tom: CHEGA DE DESTRUIÇÃO, a Fundação Florestal atendeu o pedido da sociedade e incluiu toda a Praia de Itaguaré na proposta de CONSERVAÇÃO.

O SOS é o seguinte: TERÇA-FEIRA, DIA 26 DE OUTUBRO, AS 09:00, haverá uma reunião do CONSEMA para avaliar a proposta da Fundação Florestal de criar o PARQUE ESTADUAL DAS RESTINGAS DE BERTIOGA e também outras Unidades de Conservação, formando assim o MOSAICO DE UCs de BURIQUIOCA.

TEMOS QUE ESTAR TODOS PRESENTES.

DAR O NOSSO APOIO PARA ESTA VITAL INICIATIVA DE CONSERVAÇÃO, QUE FOI FEITA EM CONJUNTO ENTRE O MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, FUNDAÇÃO FLORESTAL E AS ONG'S AMBIENTALISTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO E TAMBÉM POR MORADORES DE BERTIOGA E REGIÃO.

VOCES, DAS REDES, LISTAS E ONG'S, NUNCA DECEPCIONARAM E SEMPRE FIZERAM A PARTE DE VOCES NESTA BATALHA POR UM NOVO MUNDO. AGORA É HORA DE NOVAMENTE LUTARMOS E LOTARMOS O AUDITÓRIO DO CONSEMA, DEMONSTRANDO O NOSSO APOIO PARA A CONSERVAÇÃO DESTES RAROS ECOSSISTEMAS LITORANEOS.

O endereço do CONSEMA é: Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - Pinheiros - São Paulo/SP. É no prédio da CETESB, lá na Marginal do Rio Pinheiros.

Em anexo o mapa com a proposta do Mosaico Buriquioca de Conservação Ambiental da Fundação Florestal.

Vejam os videos da Audiencia Pública em Bertioga, ocorrido em 07 de Outubro: http://www.proam.org.br/tvproam.asp?ID=0

Quem puder assista a todos os videos. Excelente !!! A fala dos ambientalistas começam no video 8

E deixo aqui meu agradecimento pela existencia de todos voces. Todos, de todas as redes, dos orgãos públicos, os ING's os ONG's, os de lá e os de cá!!!

Para refletir : "Até o presente momento não encontramos vida em nenhum local da Galáxia. Só na Terra! Vejam como a vida é rara. tão rara....." Russel Mittermenier, Presidente da Conservation International em entrevista para a Revista Veja desta semana e ao final Lenine e suas influencias tropicalistas....

Até gente, repassem em vossas listas.


Daniel Kurupira
ibiosfera.org.br

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Relatório da WWF diz que humanidade já consome 50% mais recursos do que a Terra consegue oferecer

Perda, alteração e fragmentação de habitats, exploração de espécies selvagens, poluição e mudança do clima são as principais ameaças

Nos últimos 40 anos, o consumo excessivo dos recursos naturais cresceu a um ritmo acelerado e hoje já consumimos 50% mais do que a capacidade de renovação do planeta, seja em ar limpo, água potável, terra ou recursos naturais e agrícolas. O resultado desse excesso é a perda da biodiversidade mundial, que chegou a 30% no período.

Os dados são da edição de 2010 do Relatório do Planeta Vivo, da Rede WWF, publicada mundialmente na quarta-feira (13/10). Produzido a cada dois anos, o levantamento mede a saúde de quase 8.000 populações de mais de 2.500
espécies.

A pegada ecológica, um dos indicadores da devastação ambiental utilizados no relatório, mostra que a demanda da humanidade por recursos naturais duplicou desde 1996 e, atualmente, utilizamos o equivalente a um planeta e meio para sustentar nosso estilo de vida. Se continuarmos a viver além da capacidade do planeta, aponta o relatório, até 2030 precisaremos de uma capacidade produtiva equivalente à exploração de dois planetas. 

Segundo o relatório, os ricos demandam mais recursos, mas a degradação e a conseqüente perda da biodiversidade são mais acentuadas nas regiões tropicais – como o Brasil –, que também são as mais pobres, onde houve uma queda de 60% das espécies de plantas e animais.

Segundo o relatório, nas regiões temperadas (e mais ricas), houve uma recuperação de 29% das espécies, graças, em parte, ao aumento dos esforços de conservação da natureza e a um melhor controle da poluição e do lixo.

“É alarmante o ritmo da perda de biodiversidade que se verifica nos países de baixa renda, em sua maioria situados  nos trópicos, enquanto o mundo desenvolvido vive num falso paraíso, alimentado pelo consumo excessivo e elevadas emissões de carbono”, alerta Jim Leape, diretor geral da Rede WWF.

O documento aponta a perda, alteração e fragmentação de habitats, a exploração excessiva de espécies selvagens, a poluição e a mudança do clima como os principais fatores que ameaçam a biodiversidade.

Clique aqui para ler a versão completa do relatório.

Consumo desigual
O relatório reafirma um dado que já é conhecido: além de excessivo, o consumo é desigual. O excesso é predominante em nações mais ricas. Apenas os 32 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – grupo das economias mais ricas e industrializadas do planeta – são responsáveis pelo consumo de 40% dos recursos disponíveis. 

Brasil, Rússia, índia e China não fazem parte da OCDE, mas, somados, têm o dobro dos habitantes dos países do grupo. E o relatório alerta que, mantido o atual modelo de desenvolvimento, os chamados países emergentes seguirão a mesma trajetória de degradação ambiental dos ricos.

“Seriam necessários quatro planetas e meio para atender a uma população mundial (6,8 bilhões de pessoas) com um estilo de vida equiparável ao de quem vive hoje nos Emirados Árabes ou nos Estados Unidos", alerta Leape.

Mudanças climáticas
Segundo o documento, devido ao aumento da geração e emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, causado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, desmatamento e processos industriais, o planeta entrou em uma espécie de “cheque sem fundo” ecológico.

Nossa pegada de gás carbônico, principal causador do efeito estufa, aumentou em 35% nos últimos 20 anos e atualmente é responsável por mais da metade da pegada ecológica global.

Segundo o documento, os dez países com a maior pegada ecológica per capita são: Emirados Árabes Unidos, Catar, Dinamarca, Bélgica, Estados Unidos, Estônia, Canadá, Austrália, Kuwait e Irlanda.  O Brasil ocupa a 56º posição neste ranking.

Mais uma vez, a maior pegada é a dos países de alta renda. Em média, a pegada desses países é cinco vezes maior do que a dos países de baixa renda. 

“As espécies são a base dos ecossistemas,” afirmou Jonathan Baillie, diretor do Programa de Conservação da Sociedade Zoológica de Londres, entidade que participou do levantamento.  “Ecossistemas saudáveis constituem as fundações de tudo o que nós temos – se perdemos isso, destruímos o sistema do qual depende a vida”, completou Baillie.

Brasil
O Brasil possui uma alta biocapacidade – relação entre a área disponível para agricultura, pastagem, pesca e florestas e o potencial de produtividade –, mas isso não nos coloca em uma situação confortável.

“A redução da desigualdade com aumento do poder aquisitivo da população brasileira é uma conquista positiva. No entanto, também nos coloca frente a um grande desafio que é o de crescer sem esgotar nossos recursos naturais”, destaca a Secretária-Geral do WWF-Brasil, Denise Hamú.

Para Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu, o consumo das riquezas naturais é indispensável para a vida no planeta e é fator determinante do crescimento econômico. “O que precisamos é consumir menos e diferente. Ou seja, consumir de forma mais responsável, buscando um equilíbrio entre nossas necessidades e a capacidade da renovação da Terra”.

“O principal benefício do relatório é servir de ferramenta para os tomadores de decisão estimularem uma economia de baixo carbono, uma economia verde, criando novas oportunidades de crescimento para o país e protegendo os serviços ecossistêmicos que são a base de nosso desenvolvimento econômico”, afirma Hamú.
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