terça-feira, 27 de setembro de 2011

Jornalistas ambientais pré-RIO + 20



IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental

 17 a 19 de novembro de 2011

Jornalistas ambientais se preparam para cobrir a RIO + 20
 
Os profissionais da mídia e estudantes começam a se aquecer para a cobertura da Rio+20 já em novembro deste ano, entre os dias 17 e 19. A oportunidade é o IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental (IV CBJA), realizado na cidade do Rio de Janeiro-RJ, pela Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental.
Quando a preocupação é com o desenvolvimento sustentável, a Rio+20 é a mais importante reunião na agenda mundial. Para colaborar com essa desafiadora cobertura da mídia, o IV CBJA contará com painéis, debates e oficinas voltados ao tema. A abertura dessa programação fica por conta do pensador Ignacy Sachs, ecossocioeconomista da École des Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris.
Outros temas em voga na agenda ambiental brasileira também serão tratados em palestras de inspiração, painéis e oficinas do CBJA: vão desde economia verde até o uso das redes sociais, passando por espiritualidade, resíduos sólidos e impactos das mudanças climáticas. Pela primeira vez o CBJA terá inscrições gratuitas, graças ao patrocínio master de Fundo Vale e Petrobras e patrocínio premium de Fundação Banco do Brasil, Itaú e Caixa Econômica Federal. Os interessados já podem se inscrever pelo site oficial www.jornalismoambiental.org.br

SERVIÇO:
O quê: IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental
Onde: PUC-Rio - R. Marquês de São Vicente, 225 - Gávea, Rio de Janeiro-RJ
Quando: 17, 18 e 19 de novembro de 2011

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:
Ana Carolina Amaral: carol@envolverde.com.br /             11 8639-3152 begin_of_the_skype_highlighting            11 8639-3152      end_of_the_skype_highlighting      
Site oficial: www.jornalismoambiental.org.br

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Estudo mostra que avanço e recuo do mar mudam litoral brasileiro e ameaçam cidades

 Praia do Centro em Itanhaém/SP perdendo faixa de areia 
com o avanço do mar (foto: João Malavolta)

Por: Aliny Gama e Carlos Madeiro


O avanço do mar é um fenômeno registrado no litoral dos 17 Estados brasileiros banhados pelo oceano Atlântico. Levantamentos recentes apontam que, além de avançar em uma velocidade acima do normal em alguns locais, o mar também está recuando em parte significativa do litoral, o que vem mudando o mapa litorâneo. Especialistas preveem alterações ainda maiores nos próximos anos. 

O estudo “Erosão e progradação do litoral Brasileiro”, do Ministério do Meio Ambiente, é apontado como um atlas do litoral e mostra que o Estados enfrentam situações bem distintas, causadas não só pela ação natural do tempo, mas principalmente pelas interferências do homem com a mudança do curso dos rios e das construções à beira-mar. Em nenhum momento, o aquecimento global é citado como causa do avanço do mar, como chegou a ser apontado por ambientalistas.

Se historicamente o avanço do mar era considerado normal e inofensivo aos seres humanos, as construções litorâneas fizeram o assunto passar a ser visto como “fator de risco, implicando em questões econômicas e sociais.” A situação é apontada como mais preocupante nas regiões Norte e Nordeste.

A pesquisa aponta que “a falta de informações dificulta a tomada de decisões devido à falta de elementos para distinguir se o que ocorre é uma tendência natural, ou um ciclo no qual uma situação de desequilíbrio volta espontaneamente à normalidade.” A falta de informações leva as autoridades e especialistas a defenderem mais estudos específicos antes da implementação de obras de contenção do avanço do mar.

Situações graves

Coqueiro derrubado no Praião - Itanhaém/SP (foto: João Malavolta)

Todos os Estados foram analisados por pesquisadores e apontam para situações diferentes. A Paraíba é apontada pelo estudo como em situação “alarmante”. Segundo os dados, 42% do litoral registra erosão (avanço do mar) - o dobro das praias classificadas como “em equilíbrio”. Já 33% do litoral tem progradação (recuo) do oceano. Metade da costa, onde mora um milhão de pessoas, está ameaçada pelo avanço do mar. A Ponta do Seixas (ponto mais ao leste do país) corre o risco de ser engolida pela água nas próximas décadas e desaparecer do mapa, dizem especialistas.

A situação também é preocupante no Pará, onde a mudança na costa “é um dos fenômenos mais impressionantes entre os processos costeiros, que acabou transformando-se em um problema emergencial.” Dados analisados mostram que mais de 70% do litoral apresentou tendência de erosão nas últimas décadas - o maior índice entre os Estados -, enquanto menos de 10% apresenta recuo do mar.

Em Alagoas, a erosão causa “graves problemas ambientais”, e o Estado é classificado como de “alta vulnerabilidade”, por conta de sua geografia propícia ao avanço do mar, somada a interferências humanas. “A erosão marinha é mais evidenciada nos setores norte e central, sendo estes os mais ocupados e urbanizados do litoral alagoano”, aponta o texto. Em agosto, vários pontos da orla de Maceió foram danificados por uma das maiores ressacas do mar, que destruiu barracas em praias turísticas, como da Sereia, no litoral norte.

Ainda no Nordeste, a erosão marinha é um problema verificado em 33% das praias de Pernambuco. No Estado, obras como a construção dos portos e barragens de contenção para evitar alagamentos em Recife causaram o desequilíbrio ambiental. A construção de prédios em área de mangue também contribuiu para os sérios problemas, especialmente na região metropolitana de Recife, onde são registradas as maiores erosões.

Em Santa Catarina, o estudo também aponta que “pode-se constatar evidências erosivas na maioria das praias estudadas.” Fatores ambientais - como ondas, correntes e ventos - e o crescimento das construções em áreas impróprias seriam os principais responsáveis pelo avanço do mar que diminuem a faixa de areia. As praias de Armação, Barra da Lagoa, Canasvieiras e Ingleses são consideradas as mais afetadas.

A Bahia, que possui o maior litoral brasileiro, com mais de 1.000 km de costa, apresenta situação “confortável”, com 26% do litoral com avanço do mar, 6% de recuo e 8% estabilizado por obras de engenharia. O índice está considerado dentro de um padrão da média nacional.

Fonte: Uol

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Aquecimento Global em cartuns

A proposta do livro "Aquecimento Global em cartuns" é dar um alerta para a vida, no qual os cartunistas terão o desafio de mostrar o risco que o planeta e a humanidade correm. Desta forma, os autores participantes são convidados a fazer um traçado sobre as consequências do aquecimento global, e assim, despertar a sociedade para a seriedade do problema.

Os cartuns abordam a questão do aquecimento global com bom humor e bastante irreverência que visa expressar, através do humor gráfico, um alerta sobre a importância da preservação ambiental em nosso planeta.

O cartunista Léo Valença desenvolveu o projeto do livro em parceria com o portal Brazil Cartoon, que realizou um processo de seleção de cartunistas, onde foram selecionados 25 trabalhos inscritos para a publicação.

A coletânea visa criar um espaço de divulgação de novos talentos do humor gráfico e desenvolver uma reflexão sobre a questão do aquecimento global.

Cada cartunista selecionado e autor participante da publicação contribui com um cartum que ele desenvolveu sobre o tema. Os autores participantes são: Léo Valença, Leite, Jottas, Da Costa, Jorge Barreto, Alex Larcher, J. Bosco, Waldez Duarte, Alan Souto Maior, José Alves Neto, Casso, Ferreth, Kampos, Lederly Mendonça,  Jota A, Lex Franco, Gustavo Oliveira, Bira Dantas, Marcelo Rampazzo, Melo, Marcos Noel, Adriano Louzada, Moises Macedo, Max e Edra.

O livro poderá ser comprado pelo site da editora PoD neste link

A utilização do PoD – Print on Demand, impressão sob demanda – é um recurso de alta tecnologia de preservação do planeta, disponível há alguns anos e de eficiência comprovada. O que vem a ser o PoD?

Mais do que um recurso tecnológico, em si, o PoD é uma ferramenta de administração de recursos: ao invés de produzir estoques de livros impressos, estes são impressos à necessidade em que são requeridos. Dessa forma, evita-se desperdício financeiro e ambiental.


terça-feira, 6 de setembro de 2011

Você sabe o que são os Parques da Copa?


COPA 2014

OS PARQUES DA COPA 2014
O Brasil será a sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e com isso o número de turistas no país tende a crescer nesse período. 
Com foco no aumento do fluxo turístico em 2014 nas Unidades de Conservação federais, entre elas nos Parques Nacionais, o Ministério do Meio Ambiente está construindo juntamente com o Ministério do Turismo uma parceria que visará atender os futuros visitantes. 
O intuito da parceria será melhorar a imagem do País por meio do turismo, da geração de emprego e renda, além da dinamização das economias locais. 
A expectativa é que possam ser investidos cerca de R$ 543 bilhões nos chamados Parques da Copa. O recurso será aplicado na conservação dos parques e na qualificação dos serviços prestados aos turistas que irão aos parques no período dos Jogos. 
Poderão compor o roll dos chamados Parques da Copa as seguintes UCs: 
Na cidade-sede Manaus devem ser as Reservas Extrativistas Tapajós-Arapiuns eRio Unini; os Parques Nacionais de Anavilhanas e do Jaú; e a Floresta Nacional do Tapajós;
Em Cuiabá devem participar do projeto os Parques Nacionais do Pantanal Matogrossense e da Chapada dos Guimarães;
Já em Brasília como cidade-sede dos Jogos, estuda-se a participação dos Parques Nacionais de Brasília e da Chapada dos Veadeiros;
Na capital mineira, Belo Horizonte, previsão da participação dos Parques Nacionais da Serra do Cipó e do Caparaó;
No estado de São Paulo, a Floresta Nacional de Ipanema e os Parques Nacionais do Itatiaia e Serra da Bocaina;
Em Fortaleza como cidade-sede, prevê-se os Parques Nacionais de Jericoacoara, dos Lençóis Maranhenses, e de Ubajara; além da APADelta do Parnaíba;

Nas capitais Natal e Recife como cidades-sede da Copa, são estudados para integrarem a lista os Parques Nacionais da Serra da Capivara e Marinho de Fernando de Noronha; a APA Costa dos Corais; e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio), em Itamaracá (PE);
No estado da Bahia estão previstos como Parques da Copa os Parnas da Chapada Diamantina e Marinho dos Abrolhos;
No Rio de Janeiro os Parques Nacionais pensados são Serra dos Órgãos e da Tijuca; além da Reserva Extrativista Marinha do Arraial do Cabo e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (autarquia vinculada ao MMA);
Em Curitiba, o Parque Nacional do Iguaçu;
E em Porto Alegre, os Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral.


#Contra-ponto

Governo Federal corta verba de Parques quase um ano antes da Cúpula Ambiental



Enquanto aumenta a pressão sobre as áreas protegidas do país com novas obras de infraestrutura, o governo federal corta verbas para a conservação da biodiversidade. O ICMBio (Instituto Chico Mendes), que gerencia os parques nacionais, teve seu orçamento de 2011 tesourado em 30%. De R$ 557,8 milhões previstos para 2011, o ICMBio só foi autorizado a gastar R$ 388,7 milhões. Em 2010 foram gastos R$ 461 milhões.

Uma das vítimas foi o projeto Parques da Copa, que revitalizaria unidades de conservação perto das cidades-sede da Copa-2014 para turbinar o turismo ecológico.

Considerando só os chamados investimentos (compra de equipamentos e reparo de instalações, por exemplo), o Brasil tem, neste ano, R$ 155 milhões de verba federal para aplicar em 310 unidades de conservação (uns 10% do território nacional).

É um quarto do valor de um único estádio da Copa, o de Brasília, e um péssimo cartão de visitas para o país que sediará no ano que vem a conferência sobre desenvolvimento sustentável Rio +20.

“O que a gente gasta, considerando a área, é uma gozação”, diz o presidente do ICMBio, Rômulo Mello. São R$ 2 por hectare. Quando a folha de pagamento é incluída, o valor é R$ 5, ainda assim uma ordem de grandeza mais baixo que o aplicado na Costa Rica ou no México.

Isso para não falar dos EUA. O NPS (National Park Service), órgão equivalente ao ICMBio, teve neste ano US$ 3 bilhões de verbas federais, ou R$ 145 por hectare protegido. “E a gente ainda reclama”, brinca David Barna, porta-voz do NPS.

A falta de verba federal obriga o ICMBio e os diretores dos parques brasileiros a serem criativos. Na Amazônia, 64 unidades recebem doações internacionais pelo programa Arpa. “No ano passado, 70% da minha verba veio do Arpa”, diz o diretor do parque dos Campos Amazônicos, Renato Dumont.

Um grupo seleto de 12 unidades consegue arrecadar boa parte do seu orçamento cobrando ingressos. No parque da Tijuca, que abriga o Cristo Redentor, foram R$ 13 milhões em 2010. O parque nacional de Brasília, segunda unidade mais rica do país, levantou R$ 1,1 milhão.

“O problema é que a nossa demanda aqui é cinco ou seis vezes maior que a verba”, diz Amauri Motta, diretor do parque de Brasília.

O economista Carlos Eduardo Young, da UFRJ, vê a situação como uma oportunidade perdida. Ele e colegas estimam que, em visitação, as unidades de conservação poderiam gerar R$ 1,8 bilhão por ano. Só com ICMS ecológico, parcela do imposto que alguns Estados destinam a municípios com unidades de conservação, foram repassados em 2009 R$ 402 milhões. No mesmo ano, o ICMBio gastou R$ 322 milhões.
Fonte: Folha e ICMBio

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