terça-feira, 31 de julho de 2007

Praias paulistas já sentem os efeitos catastr­­óficos causado pelo aquecimento global

Por: João Malavolta / Ecobservatório

No último final de semana (29/07) a cidade de Itanhaém localizada no litoral sul do estado de São Paulo sentiu os primeiros reflexos do aumento dos oceanos, devido a uma forte ressaca que atingiu a costa do município destruindo cerca de 500 metros da orla de uma de suas praias, no centro da cidade.

O avanço das águas chegaram a 10 metros rua adentro. Cerca de 3 quiosques que estão fixados na faixa de areia da Praia do Centro (Praião) apresentam suas estruturas abaladas e uma unidade dos Guardas Vidas desabou juntamente com dois coqueiros, em virtude da pressão das ondas contra os bancos de areia.

Grande parte das calçadas do local desmoronaram devido a força das ondas que escoaram os bancos de areia que sustentavam os barrancos da avenida da praia.

No litoral norte não foi diferente. Piscinas invadidas pelas águas, muros derrubados e altas ondas. Mesmo assim mega condominios estão sendo construidos levando a vegetação nativa ao extermínio. Vegetação essa que sustenta e fixa os bancos de areia impedindo o assoreamento das praias.

O principal “habitat” dos surfistas está sendo atingido pela força pulsante do clima que vem retomando o que o Homem pensava que era possuidor, a Terra.

Olhando do ponto de vista ambiental, a comunidade do surf ainda está pouco mobilizada e articulada quando o assunto é meio ambiente. Iniciativas pontuais já acontecem, mas ainda é pouco se pensado a quantidade de praticantes e admiradores que o esporte possui.

Um dos principais inimigos do meio ambiente é o consumo inconsciente praticado pela maioria da população mundial.

No surf não é diferente, os atletas acreditam que quanto mais pranchas tiverem melhor, quanto mais propaganda para divulgar as marcas e estimular o consumo melhor também.

Mas e a questão ambiental onde fica? Já se sabe que devemos mudar nossos hábitos de consumo para reduzir a exploração dos recursos naturais e amenizarmos os efeitos causadores do aquecimento global.





Porém nada está sendo realizado se pensado o poder do surf e de todos os empresários envolvidos de alguma forma com o esporte. Se imaginarmos a falta de responsabilidade dos anúncios mirabolantes que as empresas do surf fazem, iremos perceber que nada é feito com uma visão que respeite os sistemas ecológicos. Desta forma chega-se a conclusão que o que é bom para o surf não está sendo positivo para o meio ambiente.

O aumento dos mares já é o principal sintoma das mudanças climáticas. Ilhas já estão desaparecendo ao redor do mundo, populações inteiras já se encontram desabrigadas devido às reações do planeta Terra, contra a pilhagem dos recursos naturais que é causada pelo desenfreado consumo dos serviços ambientais prestados pela natureza.

Para uma nova visão que integre e respeite o meio ambiente, um novo pensar deve ser construído dentro da comunidade dos “homens do mar”, ou seja, os surfistas. O Desafio deve ser lançado e incorporado por todos aqueles que de alguma forma interagem e desfrutam dos oceanos como seu segundo lar.

Esta na hora de devolvermos para natureza em forma de atitudes ecologicamente corretas tudo de bom que ela nos oferece. Pensem nisso.

7 comentários:

Unknown disse...

João, parabéns pela iniciativa!!
E sobre a matéria das ressacas no litoral, fica a oportunidade das pessoas refletirem sobre a reação da natureza diante das ameaças ambientais criadas pelo homem.

Creio que este blog irá nos ajudar muito a refletir sobre a problemática ambiental. É o que espero com o meu blog tb. Acesse e dê sua opinião www.naturezaempauta.blogspot.com

O blog ficou desatualizado em julho pq tirei umas férias merecidas! Mas a partir deste mês voltarei a atualizá-lo semanalmente.

Sucesso a todos nós,
A natureza nos saúda!
Anne Rodriguez

Anônimo disse...

Olááá
tudo bem?
nuss, é triste ver essa realidade
tem uma praia que eu costumava ir
aqui em SC mas fazia mais de três anos que eu naum ia láá. esse ano fui e me assusteeei. as ondas estavam indoo muuuito altas. eu fui sentar em uma pedra até veio e me derrubou o.O

eu também tenho um blog sobre o meio ambiente. v~e láá
www.campanha.preserve.zip.net

Anônimo disse...

Parabéns, João...

Falar de nossas praias sempre é importante; mesmo em dias ruins como este, onde uma ressaca do mar avançou sobre a rua.

Mas este episódio me leva a pensar melhor sobre as ações naturais que hoje em dia são tão comentadas; falo sobre o modelo de orla de praia que são tão pedidos ou aceitos pela maioria da população, onde os moldes estão estabelecidos em calçadas, muretas e escadarias, e não mais sobre a vegetação natural. Só podemos nos questionar sobre uma coisa...

Quem está no no lugar errado?

Abração e Parabéns pelo trabalho.
Marcos Chicuta
Biólogo

Débora Menezes disse...

Olá, colega
Gostaria que fizesse uma contribuição no meu blog, postando uma das fotos do litoral e sua opinião, como surfista e jornalista: como é que a educação pode mudar tudo isso? Bjs, mande para educomverde@yahoo.com.br

Anônimo disse...

É inacreditável as medidas tomadas pela Prefeitura de Itanhaém, que, para conter o avanço do mar arremessou caminhoões de lodo, barro, entulho, ferro de construção e até um lagarto morto na praia.

Enquanto o prefeito pede 1 milhão de reais ao Governo Estadual para reparar os danos, a idéia de resgatar a vegetação nativa na orla da praia nem sequer é citada!


Esta sim seria a solução correta, de baixo custo e melhor apropriada para conter o avanço do mar e resgatar a vegetação nativa.

Deixo aqui a minha indignação como cidadão e espero que as questões ambientais sejam ao mínimo lembradas nas ações da prefeitura.

Parabenizo ao João Ricardo pela matéria e que os empresários que atuam no ramo do surf estejam com as atenções voltadas aos projetos ambientais!

Valeu

César

Cesar

Itanhaem - SP

Anônimo disse...

Obrigado por Blog intiresny

Juliana Duarte disse...

Oi, eu estou adorando o blog.Têm me ajudado no colégio. Só tenho a agradecer !

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