quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Carnaval de Poluição nas praias da Bahia

Recentemente Salvador foi destaque como a cidade que possui as praias mais sujas do país. Isso não é novidade…

O que realmente causa espanto é a falta total de qualquer articulação dos meios de comunicação, políticos, órgãos públicos, empresas de publicidade e nossos artistas para tentar reverter este quadro que causou estragos significativos no orgulho e no brio de quem vive nesta cidade.

Não se pode acreditar que baianos que possuem o poder de influenciar nossa gente e nossos visitantes a melhorarem suas atitudes em nossas praias, não estejam aproveitando a época de tantas festas para, ao menos, promover campanhas educativas. Porque o que tem gerado o lixão, muito mais que a leniência do poder público, é a falta de educação generalizada das pessoas.


Poluição no fundo do mar na manhã seguinte ao show Música no Porto. Foto: Bernardo Mussi.
O lixo é produto em sua maioria do consumo de bebidas e comidas. Seria ideal que a cada 10 metros de praia houvesse uma cesta de lixo ou que o próprio ambulante que leva o produto até a praia providenciasse o seu destino adequado. Mas está difícil de acontecer.

Por este motivo o ideal é que cada consumidor guarde seu lixo para levá-lo consigo até o local ideal para descarte. Estou certo que ainda no entorno da praia haverá uma cesta ou um container coletor. O que não dá é para continuar largando o lixão pelas praias por puro comodismo ou falta de orientação.

Bem que nossos artistas poderiam ajudar. Já que eles possuem o condão de levar multidões ao delírio ordenando a beijação generalizada, o “Rebolation”, o “Vou te comer” e altas coreografias pra lá de excêntricas, imagino que fazer a galera melhorar suas atitudes com o lixo nas praias vai ser moleza.

Podem até compor músicas com aqueles refrões marcantes e coreografias empolgantes só que tratando de uma causa muito nobre como a educação. É disso que o país necessita!

Assim também deveria estar se comportando a mídia. Matérias regulares sobre a gravidade do problema e a necessidade de se mudar alguns hábitos tinham que ser uma constante pelos vários veículos de comunicação de massa.

Poderiam ainda nossas agências de publicidade aproveitar o bom gancho para alinharem a adoção da causa à divulgação de serviços e produtos dos seus clientes mais exigentes.

Até nossos políticos que adoram se aproveitar de situações desta natureza para ganhar visibilidade estão boiando. Restam nossos incansáveis ativistas de ONGs e outros grupos alternativos. Estes sim, vi diversas manifestações criativas e muito interessantes…

Mas não dá para comparar o poder que estes grupos têm para mudar o comportamento das pessoas aqui em Salvador, ainda mais em época de carnaval, com artistas do peso de Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Chiclete com Banana, OLODUM e tantos outros que possuem a mídia nacional e internacional a seus pés.

Daí a enorme responsabilidade destas estrelas da musica com o problema. Acredito que como se dizem baianos de verdade, e isso não deve ser apenas jogada de marketing, eles também tiveram o orgulho e a auto estima feridos pela notícia do lixão nas praias. Baiano que é baiano ficou envergonhado! O sentimento é que somos todos igualmente sem educação e adeptos do lixão…

Estou indignado! Tenho retirado latas, copos, garrafas, palitos de churrasquinho, queijinho e camarão quase que diariamente em meus mergulhos na praia do Porto da Barra. Sou uma formiguinha ferida pela estatística em desfavor da minha cidade e minha gente fazendo a minha parte, inclusive escrevendo este artigo. Pena que não tenha o poder de influenciar multidões com minha voz desafinada, minha imagem sem estilo, minha escrita prolixa e total falta de acesso a trios elétricos, programas na TV, jornais, Outdoors, camarotes e grandes shows…

Estou certo, entretanto, que no universo de tantos artistas influentes alguns estejam com a baianidade igualmente ferida e o orgulho vergonhosamente abalado. Por isso devo acreditar na possibilidade de ver tais artistas aproveitando a oportunidades de grandes concentrações populares e muita visibilidade na mídia para divulgar esta indignação de uma maneira impactante, educativa e, porque não, lucrativa, o que é muito justo.

O que não falta é competência, criatividade e inteligência nessa turma. Resta saber se a ação pela educação contra o lixão começará neste verão. Vai aí uma rima que pode até dar música…

Fonte: Global Garbage

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Revista EA do Senac destaca o programa Surfe Sustentável da Ecosurfi

Na edição 2010 da Revista "Educação Ambiental" do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), entre os destaques da publicação está o programa Surfe Sustentável da Ecosurfi, que vem se consolidando como referência no engajamento dos surfistas que buscam contribuir com a preservação e proteção dos mares, praias e oceanos.

Assim como outras iniciativas que visam despertar a consciência ambiental entre os praticantes dos esportes radicais, o programa Surfe Sustentável está se destacando entre a comunidade so surfe, em razão das formas de interação que a proposta oferece.

Ações como seminários presenciais, fóruns de discussão via Internet (www.surfsustentavel.org), servem como canais de articulação e difusão dos conceitos da proposta.

A matéria que tem como título, "Na onda da sustentabilidade", também aborda esportes como escalada, montanhismo, canionismo entre outros.

Sobre a Revista

A revista Senac / Educação Ambiental é semestral e foi lançada durante a Eco-92, e apresenta ao leitor artigos ligados ao tema do meio ambiente, como educação ambiental, turismo, soluções sustentáveis, saúde, biodiversidade, cultura, formação profissional e qualidade de vida. Saiba mais

Confira a matéria com a Ecosurfi

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Conheça a revista na intergra Click Aqui

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Denúncia da Ecosurfi repercute e poder público toma providências




Na última semana a Ecosurfi foi alvo de reportagens devido à denúncia realizada pela entidade, sobre o lançamento de esgoto em praia.

A repercussão dos acontecimentos chamou a atenção da mídia regional, que deu total atenção aos fatos, e possibilitou que fosse divulgada essa agressão ao meio ambiente, bem como, expôs a omissão dos órgãos competentes que deveriam resolver o problema.

Ouvida a prefeitura municipal, que é responsável pelo local (Praça do Pescado), de onde sai o esgoto, o problema é recente e se iniciou no mês de dezembro do ano passado.

Conforme documentos anexados à denúncia da Ecosurfi, que foram produzidos na esfera legislativa do município, por meio de um Requerimento, encaminhado ao Executivo da cidade, o problema data de fevereiro de 2009, sendo que as providências só estão sendo tomadas um ano depois.

A CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, ligada à Secretaria do Meio Ambiente, respondeu à Ecosurfi, via correio eletrônico, informando que a prefeitura tomará medidas paliativas para minimizar o problema, que só será resolvido através de obra da Sabesp.

Segue informações sobre a repercussão
e documentos sobre a questão

Matéria onde a Prefeitura afirma que o problema é "novo"


Requerimento que comprova que o esgoto é lançado a mais de um ano no local

E-mail de resposta da Cetesb


Mídia especializa em Surfe divulgando o problema



Fotos tiradas um dia após a repercussão dos fatos pela mídia mostra a prefeitura buscando resolver o problema




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