sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Todos por praias mais limpas

A campanha “Vamos Limpar o Mundo” 2010, aconteceu na cidade de Itanhaém e contou com a participação de voluntários por toda a cidade. As ações percorreram praias, ilhas, costões rochosos, rios, trilhas e matas ciliares.

Centenas de quilos de detritos foram retirados da área costeira. Todo o material coletado foi analisado através da qualificação por tipo e quantidade.

Os dados registrados foram sistematizados e enviados através do relatório de despoluição produzido pela Ecosurfi, para as organizações ambientalistas internacionais, a norte americana Ocean Conservancy e a australiana Clean Up the World.

Os números da campanha “Vamos Limpar o Mundo” 2010, vão servir de subsidio para a elaboração do diagnóstico sobre a contaminação dos oceanos por resíduos sólidos, que está sendo produzido pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Confira a galeria de fotos

Praia dos Sonhos e Praia dos Pescadores


Praia do Suarão


Praia do Gaivota e Rio Piaçaguera

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Uma perda para o surfe global. Andy Irons deixou o oceano mais triste!


Por: Edinho Leite / ESPN

É a manhã mais cinza desde que chegamos a Porto Rico. O sol está encoberto por nuvens pesadas. Há uma tempestade no horizonte anunciando possibilidade de um furacão, Tomas. Porém, antes dele, outra tormenta inesperada e devastadora, atingiu a todos. O RipCurl Pro Puerto Rico, em sua 3ª fase, que seria provavelmente cancelado hoje por falta de ondas, está parado por outro motivo. A falta de Andy Irons.
Uma enxurrada de mensagens e especulações inundou minha tentativa de objetividade para escrever essa matéria na madrugada triste e mal dormida em Porto Rico. Busca-se uma explicação, mas o fato é que nada pode mudar a triste realidade. Andy Irons faleceu em Dallas [EUA].

O laudo médico deve demorar a sair. Dengue hemorrágica? Por que ele não foi a um hospital depois de ter passado tão mal durante o vôo de escala a caminho de casa? Quem é o médico que tratou de Andy aqui em PR? Owen Wright declarou que está doente desde Portugal. Trevis Logie tem alguns sintomas. Mas, diferente do que alguns veículos estão divulgando, Andy Irons não veio de Portugal. Ele estava no Hawaii antes de voar para cá. Caio Salles pesquisou e descobriu que não há vôos sem escala de PR para Dallas. Sendo assim ele deve ter parado em Miami. A equipe da ESPN está buscando esclarecer tudo isso aqui em PR.

Não vou descrever a carreira e o estilo de Andy Irons. Tricampeão, 19 vitórias no Tour, levou a etapa no Tahiti, em Teahupoo, esse ano. Isso será amplamente divulgado por todo canto. Prefiro me ater a um ponto que talvez pouca gente, entre as tantas que o idolatram ou criticam, pode saber. Andy Irons, para além do próprio personagem em que topou se transformar, seguindo o embalo generalizado de criar um contraponto para Kelly Slater, era um cara legal. Nunca foi um anjo, tinha seus problemas como todo mundo e talvez mais alguns por conta de sua personalidade obstinada.

Alguns dias antes de Andy vir a ser tricampeão mundial no Brasil [Imbituba, 2004] pude conhecê-lo, fora da praia e do contexto surf a que estamos acostumados. A situação proporcionou a chance de conversarmos um bom tempo sem nos apresentarmos oficialmente como jornalista e campeão mundial de surf. Fomos apenas dois caras trocando idéia sobre outros assuntos. Acreditem, havia muito mais sob a carapuça de “rival do Staler” que todo mundo conhece. Depois disso foi mais fácil entender algumas nuances da complexa personalidade de Andy. Virei fã do cara.

A praia está vazia. Não há ninguém no mar. Logo mais uma homenagem oficial terá lugar aqui. O ídolo será elevado definitivamente ao status dos “Deuses do Surf”. Talvez o Pipe Master passe a ter seu nome, seria justo. A Fly In The Champagne, documentário baseado na rivalidade de Andy e Slater, será revisto mundo a fora. Merece. O documentário mostrou uma relação diferente entre os dois e criou uma nova dinâmica para a rivalidade deles. Só lembrando, o documentário foi idéia do Andy.

Veículos não muito confiáveis lançam mão de uma suspeita de overdose. Tem gente perguntando se o evento aqui será cancelado. Duvido muito. Uma sombra tão densa quanto o céu dessa manhã em Porto Rico se instalou sobre a festa, mas a vida continua e não haveria forma mais digna do que homenagear Andy com surf.

Viemos para cá na esperança de assistirmos um décimo título mundial ser alcançado. Isso vai acontecer, agora ou em Pipeline, último evento da temporada 2011 do World Tour da ASP. A meu ver isso encerraria um ciclo inigualável no cenário esportivo. Só não imaginava que viesse a tomar essa dramaticidade inesperada. O rei será coroado. Seu maior oponente assistirá a isso de outra dimensão. Um final expressivo e inigualável, como o surf de Andy Irons.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

SOS DO KURUPIRA - ATENÇÃO PESSOAL - MATA ATLÂNTICA


É isto ai gente amiga. SOS! Ma-mãe natureza clamando por todos nós no dia 26 de Outubro aqui em São Paulo. Quem vai atender o pedido dela???

Em jogo, as últimas áreas remanescentes do Litoral Paulista que estão preservadas desde muito antes de 1500 D.C.

São as RESTINGAS FLORESTAIS DE BERTIOGA

Após a Audiencia Pública, realizada em Bertioga, onde a grande maioria da população gritou alto e em bom tom: CHEGA DE DESTRUIÇÃO, a Fundação Florestal atendeu o pedido da sociedade e incluiu toda a Praia de Itaguaré na proposta de CONSERVAÇÃO.

O SOS é o seguinte: TERÇA-FEIRA, DIA 26 DE OUTUBRO, AS 09:00, haverá uma reunião do CONSEMA para avaliar a proposta da Fundação Florestal de criar o PARQUE ESTADUAL DAS RESTINGAS DE BERTIOGA e também outras Unidades de Conservação, formando assim o MOSAICO DE UCs de BURIQUIOCA.

TEMOS QUE ESTAR TODOS PRESENTES.

DAR O NOSSO APOIO PARA ESTA VITAL INICIATIVA DE CONSERVAÇÃO, QUE FOI FEITA EM CONJUNTO ENTRE O MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, FUNDAÇÃO FLORESTAL E AS ONG'S AMBIENTALISTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO E TAMBÉM POR MORADORES DE BERTIOGA E REGIÃO.

VOCES, DAS REDES, LISTAS E ONG'S, NUNCA DECEPCIONARAM E SEMPRE FIZERAM A PARTE DE VOCES NESTA BATALHA POR UM NOVO MUNDO. AGORA É HORA DE NOVAMENTE LUTARMOS E LOTARMOS O AUDITÓRIO DO CONSEMA, DEMONSTRANDO O NOSSO APOIO PARA A CONSERVAÇÃO DESTES RAROS ECOSSISTEMAS LITORANEOS.

O endereço do CONSEMA é: Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - Pinheiros - São Paulo/SP. É no prédio da CETESB, lá na Marginal do Rio Pinheiros.

Em anexo o mapa com a proposta do Mosaico Buriquioca de Conservação Ambiental da Fundação Florestal.

Vejam os videos da Audiencia Pública em Bertioga, ocorrido em 07 de Outubro: http://www.proam.org.br/tvproam.asp?ID=0

Quem puder assista a todos os videos. Excelente !!! A fala dos ambientalistas começam no video 8

E deixo aqui meu agradecimento pela existencia de todos voces. Todos, de todas as redes, dos orgãos públicos, os ING's os ONG's, os de lá e os de cá!!!

Para refletir : "Até o presente momento não encontramos vida em nenhum local da Galáxia. Só na Terra! Vejam como a vida é rara. tão rara....." Russel Mittermenier, Presidente da Conservation International em entrevista para a Revista Veja desta semana e ao final Lenine e suas influencias tropicalistas....

Até gente, repassem em vossas listas.


Daniel Kurupira
ibiosfera.org.br

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Relatório da WWF diz que humanidade já consome 50% mais recursos do que a Terra consegue oferecer

Perda, alteração e fragmentação de habitats, exploração de espécies selvagens, poluição e mudança do clima são as principais ameaças

Nos últimos 40 anos, o consumo excessivo dos recursos naturais cresceu a um ritmo acelerado e hoje já consumimos 50% mais do que a capacidade de renovação do planeta, seja em ar limpo, água potável, terra ou recursos naturais e agrícolas. O resultado desse excesso é a perda da biodiversidade mundial, que chegou a 30% no período.

Os dados são da edição de 2010 do Relatório do Planeta Vivo, da Rede WWF, publicada mundialmente na quarta-feira (13/10). Produzido a cada dois anos, o levantamento mede a saúde de quase 8.000 populações de mais de 2.500
espécies.

A pegada ecológica, um dos indicadores da devastação ambiental utilizados no relatório, mostra que a demanda da humanidade por recursos naturais duplicou desde 1996 e, atualmente, utilizamos o equivalente a um planeta e meio para sustentar nosso estilo de vida. Se continuarmos a viver além da capacidade do planeta, aponta o relatório, até 2030 precisaremos de uma capacidade produtiva equivalente à exploração de dois planetas. 

Segundo o relatório, os ricos demandam mais recursos, mas a degradação e a conseqüente perda da biodiversidade são mais acentuadas nas regiões tropicais – como o Brasil –, que também são as mais pobres, onde houve uma queda de 60% das espécies de plantas e animais.

Segundo o relatório, nas regiões temperadas (e mais ricas), houve uma recuperação de 29% das espécies, graças, em parte, ao aumento dos esforços de conservação da natureza e a um melhor controle da poluição e do lixo.

“É alarmante o ritmo da perda de biodiversidade que se verifica nos países de baixa renda, em sua maioria situados  nos trópicos, enquanto o mundo desenvolvido vive num falso paraíso, alimentado pelo consumo excessivo e elevadas emissões de carbono”, alerta Jim Leape, diretor geral da Rede WWF.

O documento aponta a perda, alteração e fragmentação de habitats, a exploração excessiva de espécies selvagens, a poluição e a mudança do clima como os principais fatores que ameaçam a biodiversidade.

Clique aqui para ler a versão completa do relatório.

Consumo desigual
O relatório reafirma um dado que já é conhecido: além de excessivo, o consumo é desigual. O excesso é predominante em nações mais ricas. Apenas os 32 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – grupo das economias mais ricas e industrializadas do planeta – são responsáveis pelo consumo de 40% dos recursos disponíveis. 

Brasil, Rússia, índia e China não fazem parte da OCDE, mas, somados, têm o dobro dos habitantes dos países do grupo. E o relatório alerta que, mantido o atual modelo de desenvolvimento, os chamados países emergentes seguirão a mesma trajetória de degradação ambiental dos ricos.

“Seriam necessários quatro planetas e meio para atender a uma população mundial (6,8 bilhões de pessoas) com um estilo de vida equiparável ao de quem vive hoje nos Emirados Árabes ou nos Estados Unidos", alerta Leape.

Mudanças climáticas
Segundo o documento, devido ao aumento da geração e emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, causado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, desmatamento e processos industriais, o planeta entrou em uma espécie de “cheque sem fundo” ecológico.

Nossa pegada de gás carbônico, principal causador do efeito estufa, aumentou em 35% nos últimos 20 anos e atualmente é responsável por mais da metade da pegada ecológica global.

Segundo o documento, os dez países com a maior pegada ecológica per capita são: Emirados Árabes Unidos, Catar, Dinamarca, Bélgica, Estados Unidos, Estônia, Canadá, Austrália, Kuwait e Irlanda.  O Brasil ocupa a 56º posição neste ranking.

Mais uma vez, a maior pegada é a dos países de alta renda. Em média, a pegada desses países é cinco vezes maior do que a dos países de baixa renda. 

“As espécies são a base dos ecossistemas,” afirmou Jonathan Baillie, diretor do Programa de Conservação da Sociedade Zoológica de Londres, entidade que participou do levantamento.  “Ecossistemas saudáveis constituem as fundações de tudo o que nós temos – se perdemos isso, destruímos o sistema do qual depende a vida”, completou Baillie.

Brasil
O Brasil possui uma alta biocapacidade – relação entre a área disponível para agricultura, pastagem, pesca e florestas e o potencial de produtividade –, mas isso não nos coloca em uma situação confortável.

“A redução da desigualdade com aumento do poder aquisitivo da população brasileira é uma conquista positiva. No entanto, também nos coloca frente a um grande desafio que é o de crescer sem esgotar nossos recursos naturais”, destaca a Secretária-Geral do WWF-Brasil, Denise Hamú.

Para Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu, o consumo das riquezas naturais é indispensável para a vida no planeta e é fator determinante do crescimento econômico. “O que precisamos é consumir menos e diferente. Ou seja, consumir de forma mais responsável, buscando um equilíbrio entre nossas necessidades e a capacidade da renovação da Terra”.

“O principal benefício do relatório é servir de ferramenta para os tomadores de decisão estimularem uma economia de baixo carbono, uma economia verde, criando novas oportunidades de crescimento para o país e protegendo os serviços ecossistêmicos que são a base de nosso desenvolvimento econômico”, afirma Hamú.
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