quinta-feira, 20 de março de 2008

60% DAS EMISSÕES DE CO2 DE SÃO PAULO SÃO DE 5 INDÚSTRIAS

Por: Marina Medina / Forja21
Colaboradora Ecobservatório

A lista das indústriais que mais contribuem com emissões de CO2 na atmosfera ainda não foi finalizada. Das 371 empresas selecionadas, 329 responderam ao questionário, que segue critérios do Intergovernmental Panel on Climate Change – Guideline for National Greenhouse Gas Inventories – IPCC/2006 e da Diretiva da Comunidade Européia, de 1996, sobre a base de dados dos empreendimentos licenciados pela CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental.

Ontem (14) o secretário estadual de Meio Ambiente, Francisco Graziano Neto, apresentou os resultados prévios desse inventário, durante o III Encontro Latino-Americano e Caribenho da Rede de Governos Regionais para o Desenvolvimento Sustentável – nrg4sd, realizado no auditório do Ibirapuera em São Paulo. Até o momento, a produção de aço e ferro gusa é a campeã em emissões, sendo resposável por 38% em 2006.

O setor petroquímico é responsável por 25% dessas emissões. No entanto, um dado que chamou a atenção durante a fala de Graziano é de que 60% das emissões de CO2 se concentram em cinco empresas siderurgicas e petroquímicas. Em outras palavras, isso pode significar que mais da metade do CO2 lançado na atmosfera pelo estado de São Paulo está concentrado na Baixada Santista, mais especificamente no Pólo Industrial de Cubatão e nas bases da Petrobras.

A pesquisa, idealizada pelo ex-secretário estadual de Meio Ambiente José Goldemberg, está prevista para ser divulgada em 15 dias. No momento a SMA está validando os resultados obtidos e espera que as 42 empresas ainda possam entregar seus resultados. Goldemberg deve participar do lançamento desse inventário.

Além do inventário, o governo do Estado está fechando as fronteiras das rodovias, interceptando caminhões que transportam madeira que vêm do Pará, Rondônia, Mato Grosso, entre outros, para saber a origem da madeira. Em algumas cidades como Campinas e Presidente Prudente, madeireiras foram vistoriadas e em breve será implantado um cadastro onde as madereiras que fizeram parte receberão um selo verde.

O secretário citou os esforços para retirar as famílias dos bairros Cota, na Serra do Mar e dos avanços na recuperação de mata ciliar entre os canaviais. Graziano lembrou que até o final do mês recolhe sugestões no site http://www.cetesb.sp.gov.br/Tecnologia/consulta.asp para criar a lei estadual de Mudanças Climáticas.

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