segunda-feira, 7 de abril de 2008

Movimento ambientalista protesta contra empreendimentos na Mata Atlântica na III CEMA

Por: João Malavolta / Ecobservatório

No último sábado de março (29), terminou na cidade de São Paulo a III Conferência Estadual do Meio Ambiente (III CEMA-SP), que entre muitos debates, discusões e suspeita de fraude conseguiu chegar ao seu propósito final, que foi o de eleger delegados(as) e demandar propostas do Estado sobre Mudanças Climáticas para a Conferência Nacional de Meio Ambiente (IIICNMA ), que será realizada em Brasília no mês de maio.



Iniciado os trabalhos na sexta feira (28) por volta das 17hs com a mesa de abertura do evento composta por membros da Comissão Organizadora Estadual (COE/SP) e representantes do Executivo municipal, federal e uma plenária com cerca de 400 delegados, a III CEMA foi um espaço para a conferência e desconferência, a qual foi possibilitada por parte dos integrantes do Movimento Ambientalista do estado que estavam representados pelos Coletivos Jovens de Meio Ambiente (CJ’s), ONG’s entre outros.

Sendo um espaço democrático de expressão, onde se ouve e se faz ouvir, a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), foi o local escolhido para o evento.

Durante o andamento dos trabalhos nos dois dias de conferência, quem transitou pelo prédio da Alesp se deparou com cruzes, faixas e cartazes que protestavam contra os projetos, Porto Brasil e Usina Hidrelétrica de Tijuco Alto, ambos, empreendimentos altamente impactantes que estão sendo analisados para que haja a possibilidade de serem construídos em meio a tão sofrida e saqueada Mata Atlântica.

Com o nome de animais, plantas e rios, cruzes simbolizavam o cemitério biológico que poderá existir se esses projetos ocorrerem no principal bioma do Planeta em diversidade. Cartazes com frases de efeito destacavam a insatisfação dos ambientalistas com a postura dos Governos (Estado e Federal) em não levar em considerações as reivindicações de comunidades tradicionais e populações locais, quanto à necessidade da preservação ambiental como forma de garantir a qualidade de vida intergeracional.

Desta maneira ficou claro que a III CEMA não só possibilitou resultados positivos depois de divagações e conflitos ideológicos sobre a forma de conduzir os trabalhos, mas também marcou pela participação e protestos do Movimento Ambientalista paulista com o seu braço jovem, deixando claro que cada vez mais os jovens estão participando e contribuído com as decisões em prol da construção de um Planeta sustentável.


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